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Crônica de Bike e Mobilidade no Recife



Pedalar não é coisa fácil no trânsito das grandes capitais.

Percurso detalhado (Google Maps)
Tive a oportunidade de usar uma bike do Itaú e dar um passeio pelas ruas arborizadas e agradáveis da Zona Norte do Recife. Retirei a bicicleta na Av. Beira Rio e seguimos a viagem até o Tio Beto Sorvetes Artesanais em Casa Amarela, em seguida Parque da Jaqueira e retorno à Av. Beira Rio.


Lembro-me que quando criança sempre amei pedalar. Levei muitos tombos, colecionei arranhões, mas era incrível aquela sensação de liberdade e vento no rosto. Com o tempo acabei não mais andando de bicicleta. A correria do dia a dia me fez usar outros transportes mais ágeis e seguros.

Definitivamente, pedalar pelas ruas da nossa cidade não é lá algo muito fácil e percebi que qualquer deslize meu me levaria a uma cama de hospital. A sensação de que a qualquer momento um acidente podia me alcançar era constante. Muito medo não definiria esta aventura.

Em SEGUNDOS, carros, ônibus e ciclistas ficavam a poucos centímetros de mim, nas curvas meu coração gelava de medo. O Detran, quando vamos retirar a nossa permissão para dirigir, nos orienta a ficarmos a 1,5 m de distância dos ciclistas enquanto estamos dirigindo os nossos carros. Isso, como quase tudo no Brasil, fica apenas em nossa mera folha de papel chamada legislação.

Imaginei os apuros que os trabalhadores que usam esse tipo de transporte para se locomoverem passam diariamente. Até existem algumas ciclofaixas aos domingos e feriados e um curto trecho de ciclovias, mas eles que andam diariamente não têm acesso a um trânsito seguro.

Senti, pode ser até impressão, que existe uma certa intimidação, como se as pessoas dissessem a cada vez que reduziam meu espaço: 'aqui não é lugar para você', ' o espaço é meu, saia daqui'.
Não sei se encararia outro passeio desse num dia de pico como o sábado. Talvez domingo seja mais tranquilo pedalar. Ah, mas se você é um  trabalhador, o domingo é justamente seu dia de descanso. Fica para uma próxima!








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